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CUIDAR DA TERRA A MAIOR RESPONSABILIDADE DO CRISTÃO

  • Fillipe Gibran
  • 21 de jul. de 2016
  • 3 min de leitura

Vivemos o momento mais crítico na história da Terra. O momento em que devemos escolher nosso futuro. A forma antropocêntrica por nós vivida nos “pós modernidade”, como se fossemos os únicos habitantes do planeta e como se nossa existência não dependesse da boa saúde da nossa casa comum causaram a maior devastação ambiental já percebida. Não teremos uma crise ambiental, estamos vivendo-a exatamente agora.


Estima-se que nossa “terrinha” já perdeu 25% da sua capacidade regenerativa e infelizmente sozinha ela já não consegue absorver toda devastação provocada pelo homem.


Já ocupamos 83% do planeta, 83% de devastação, 83% de destruição em prol de nossa ganância, de manter um sistema de produção consumista. “Transformamos o jardim do Éden num matadouro” e a tempos que esse jardim vem nos informando do seu estado doente. Toda existência corre perigo.


Nas palavras de Leonardo Boff:

“Assim como um médico se dá conta da gravidade da doença de seu paciente pelo nível de febre que apresenta, da mesma forma os analistas do estado da terra se dão conta da alteração de seu clima interno. Na febre há um limite que, se ultrapassado, a vida corre grande risco e o paciente pode morrer. O mesmo pode ocorrer com a terra. Por isso, agora não se trata apenas de cuidar e proteger os ecossistemas, mas de respeitar seu limite.”


Alarmado e preocupado com toda essa situação o jesuíta que se inspirou no exemplo de Francisco de Assis vem travando duras batalhas por optar pela simplicidade, pelos pobres, pelo amor ao próximo e ao cuidado da natureza.


No campo ambiental o pontífice trava sua mais importante batalha. Encontrou-se com 70 prefeitos de várias cidades do mundo para pedir que todos tenham "uma consciência ecológica". O bispo de Roma disse que precisamos entender que o “problema da destruição do planeta é que nós mesmos estamos a levando adiante”. Seguiu dizendo: “a consciência sobre a defesa do meio ambiente implica em um trabalho que comece pelas periferias e caminhe em direção ao centro, até a consciência da humanidade".


Não satisfeito, Papa Francisco publicou sua primeira encíclica, LAUDATO SI (Louvado Sejas). 190 páginas de reflexões sobre o meio ambiente. De fato, uma cartilha ecológica, clama por uma "revolução cultural" para salvar o planeta e ainda diz que o estilo de vida contemporâneo é “insustentável e suicida.”


Chama a atenção dos países ricos por utilizarem um modelo de desenvolvimento que fomenta a destruição do planeta, que provoca injustiça sociais e ecológicas.


Você já se perguntou porque 800 milhões de pessoas do mundo passam fome enquanto 1,2 bilhões sofrem com obesidade?


Aliás, em sua visita a Bolívia, vossa Santidade fez duras críticas ao capitalismo chamando-o de “ditadura sutil”, propôs a utilização da economia a serviço do povo, a união dos povos no caminho da paz e da justiça e defesa da Mãe Terra, sendo este seu imperativo moral.


John Schellnhuber, professor Instituto de Pesquisa do Impacto Climático de Potsdam na Alemanha cita que "a crise ambiental e climática só pode ser resolvida se duas forças trabalharem juntas, fé e razão” e que a encíclica é única por conseguir juntar essas duas grandes forças do mundo.


A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente.” "(...) Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes” (Carta da Terra).


Que Deus nos ajude a ter pela terra o mesmo “amor” que temos por nós.




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