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UM ELO, UM NÓ, UM LAR


Um elo, um nó, um lar | De Nós Dois

É fato que encontrar alguém não está tão fácil assim, alguém que faça os olhos brilharem e o coração bater forte, alguém que justifique as nossas gargalhadas e as músicas de amor que cantamos no chuveiro. E esse não é aquele amor mistificado que muitos não querem viver ou sentir, mas um amor que vem do elo entre Deus e outras duas pessoas. Um amor único.


É bem verdade que o amor entre irmãos, entre pais e filhos, entre familiares, é um amor com laços sanguíneos. Mas, e o amor entre um casal? Não existe um laço sanguíneo, mas existe uma laço dourado, uma aliança firmada entre 3 ‘seres’ que se tornam um só, um nó, uma família, um lar.


O amor, o carinho e o cuidado, nesse caso, precisam ser ininterruptos, porque não havendo garantia de durabilidade, qualquer coisa nos fragiliza e sepulta uma relação que poderia ser eterna.


Casamento não é sustentado com ‘Eu te amo’, afinal, qualquer babaca pode dizer isso, mas a base de um casamento eterno – ou qualquer outro relacionamento – é o respeito. Respeito quando algo está errado e ao invés de perdermos a paciência, temos a paciência de sentar, conversar e também ouvir. Respeito quando nada é do jeito que mamãe fazia para mim, mas eu tenho um jogo de cintura e contorno a situação para não gerar estresse e briga. Bom humor para enfrentar crises. Serenidade quando essas crises aumentarem. Chocolate (70% cacau) e muito suco de laranja quando a TPM chegar.


Debaixo do mesmo teto, existirão problemas, desafios, caos, incompatibilidades, e só o amor não é capaz de superar tudo isso. De que adianta amar sem respeito, sem carinho, sem atenção, sem flores? Precisamos de inteligência, de um cérebro programado para enfrentar tensões, para uma demissão inesperada, para uma conta a pagar, para uma palavra errada dita da boca para fora. Para alguns casos, é preciso fingir de cego, surdo e mudo.


Amar não é união sanguínea, não é fusão, é união entre pessoas diferentes, e essa união não permanece apenas através do amor, mas através do elo entre amor, respeito, carinho, cumplicidade, racionalidade e uma centena de outros sentimentos.


Artur da Távola disse que, “o amor pode ser bom, mas sozinho não dá conta do recado”.


Amores eternos exigem silêncio, calma, ternura. É preciso saber que cada um tem o seu próprio tempo, o seu próprio ritmo. É preciso ser amigo de infância. É preciso ter postura em cima do salto 15. É preciso ser maduro. É preciso ser laço, ser elo, um lar formado por dois corações batendo em um ritmo só.

Crônica feita com carinho, em honra ao casamento dos amigos Bianca Contaiffer e Dalton Vasconcellos.

Isaac Ioseph | De Nós Dois

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